sábado, 26 de junho de 2010

MINHA VIAGEM

Ao meditar sobre a imensidão do Universo, me deparei caminhando num lugar onde senti muita paz e tranquilidade, mesmo me identificando com ele, pensei estar sonhando, mas continuei minha caminhada.

Deparei-me com uma reunião de animais, e todos ao invés de seus sons conhecidos por nós, falavam de um modo que eu os entendia! Escondendo-me atrás de árvores continuei minha caminhada sem perceber que estava sendo seguido por índios, os quais me abordaram e me conduziram ao seu povoado. Fiquei assustado, mas não senti medo porque eles me transmitiam tranquilidade.

Fiquei encantado ao ver tanta maravilha, tantos animais, talvez os mesmos que estavam em reunião, não sei....mas lá havia muitos e eu os entendia, assim como entendia o que os índios diziam.

Cada vez mais encantado, me sentei com o chefe da tribo e começamos uma conversa que durou muitas horas. Ele me explicou que ali onde estava não existia o que chamávamos de tempo e espaço, que ali os animais e a floresta se comunicavam entre eles, pediam o que queriam e ofertava aos índios toda sabedoria vinda da terra e do espaço e os animais contavam histórias de suas caçadas e fugas, de suas empreitadas de cada dia e de suas habilidades, todos davam a eles ensinamentos de pureza e muita luz.

Convidou-me então para uma caminhada à margem do rio e durante a qual saboreávamos frutas e uma paisagem digna de conto de fadas. Estava perplexo perante tanta beleza, pois até então eu via, mas não enxergava tal beleza, quando deparamos com um grande fogo na mata que me deixou apavorado!! O chefe da tribo, agora meu guardião, com seu jeito calmo, sereno e com seu palavrear típico, me explicou que o fogo vinha de raios que caiam do céu e batiam em galhos secos e os queimavam, mas que a água cairia em seguida para apagar o fogo sem provocar estragos maiores, ao contrário do que ocorre na terra dos homens onde eles queimam de propósito ou por descuido provocando a destruição da natureza e deles mesmo.

Fiquei atônito por tanta paciência e tranquilidade!

Continuamos a caminhada e agora ele me explicava tudo o que natureza e os animais com sua destreza têm para nos oferecer e como a simplicidade da mesma pode influenciar na minha vida...

A cada passo que dávamos podia sentir o ar no meu rosto, a pureza, o cheiro da mata e o amor que ela me oferecia, senti o quanto sou pequeno nesse Universo, porem o quanto importante sou por simplesmente fazer parte dele...

Num determinado momento do passeio, deparamo-nos com uma clareira e o meu guardião olhou bem dentro dos meus olhos e disse:

“Agora chegou a hora de você ir, vá e leve dentro do seu peito todo encanto e toda a magia da natureza, leve o ensinamento dos animais e de todo o povo da mata, continue seu caminhar pensando na verdadeira importância de cada minuto e de cada momento de sua vida, aprendendo a cuidar do seu corpo que é a sua moradia, pois o Universo está e sempre estará pronto a atender os seus desejos e recebê-lo na hora determinada”.